Bandidos açougueiros vendiam gordura humana

Quadrilha peruana matava e comercializava restos mortais para fazer cosméticos


Uma rede criminosa sequestrou e esquartejou um número ainda desconhecido de pessoas no Peru para extrair a gordura de seus corpos e vendê-la para a fabricação de cosméticos na Europa a US$ 15 mil (R$ 26 mil)  por litro, informaram hoje fontes policiais.
- A quadrilha pendurava os corpos esquartejados em ganchos de metal e derretia a gordura, explicou o chefe da Direcção de Investigação Criminal (Dirincri), general Felix Murga, em entrevista colectiva. Os integrantes desse grupo decantavam o óleo, o gordura humana e as impurezas.
Murga disse também que há dois italianos ainda não detidos envolvidos com a quadrilha.
O escândalo foi revelado na quarta (18), quando a Procuradoria peruana informou sobre a prisão de quatro integrantes da organização criminosa.
A Polícia ficou em alerta depois de prender, no início de Novembro, um dos supostos membros da quadrilha no momento em que ele recolhia em uma empresa de transporte terrestre um recipiente de plástico com a gordura extraída da única vítima comprovada até agora, Abel Matos, assassinado em meados de Setembro.
Os "pishtacos" - apelido referente ao mito andino sobre bandidos que degolam humanos para comer sua carne e vender a gordura – têm conexão com "uma rede internacional", especulou o general Murga.
A gordura era extraída pelos "pishtacos" em um laboratório na região peruana de Huánuco, no centro do país, ou em terrenos baldios. Depois, era oferecida em Lima a um comprador do exterior. Acredita-se que seu destino eram fabricantes de cosméticos.
As autoridades peruanas entrarão em contato com a Polícia Internacional (Interpol) para esclarecer as ramificações da rede. A polícia assegura que Abel Matos, cuja gordura e restos mortais foram encontrados, não é a única vítima.
- Os detidos confessaram ter sequestrado mais cinco pessoas, disse o chefe da Divisão de Sequestros da Polícia Nacional peruana, coronel Jorge Mejía. Também se suspeita que a rede teria assassinado entre 60 e 200 pessoas.
Seu líder, Hilario C.S., se dedicava a essas actividades há mais de 30 anos. Os interrogatórios revelaram que a quadrilha tinha 17 litros de gordura humana em estoque, mas já buscavam um contacto em Lima para vende-los no exterior. A polícia teme que os corpos de todas as vítimas não sejam encontrados porque os restos das vítimas "foram jogados em um rio ou em precipícios de difícil acesso" em Huánuco, uma região com muitas florestas.
O alto comando policial estima que a quadrilha dos "pishtacos" seja formada por dez pessoas, sete identificadas - um réu está na prisão, três detidos e outros três foragidos. Um trio ainda não foi identificado.

Fonte: R7

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